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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Futuro da fabricante do Rafale depende de contrato com Brasil, diz Le Monde

O contrato brasileiro será determinante para a Dassault, que mais que nunca depende do Estado



A Dassault realmente precisa vender aviões de combate para exportação? A pergunta se coloca depois da decisão do Estado de compensar a ausência de vendas no estrangeiro por uma aceleração de seu programa de compras de Rafales. Ao confirmar a aquisição suplementar de 11 aeronaves de combate até 2013, no valor de 800 milhões de euros, o Ministério da Defesa apenas aplicou os dispositivos previstos na Lei de Programação Militar (LPM) no período 2009-2014, votada há dois anos.
Na época, todos estavam convencidos de que um contrato com o Brasil ou os Emirados Árabes Unidos seria assinado rapidamente, seguido por primeiras entregas que permitiriam adiar a única encomenda do Rafale até hoje, a da França. Prudente, porém, a fabricante de aviões obteria como garantia a de produzir, de qualquer modo, um avião por mês, o mínimo segundo ela para manter suas instalações industriais e seus preços.
Se essa garantia alivia a Dassault, penalizará outras indústrias, pois cai no pior momento deste período de cortes orçamentários. Esses 800 milhões de euros serão acrescentados aos 3,6 bilhões de créditos orçamentários suprimidos em três anos. E o que será na sequência, se nenhum contrato for assinado rapidamente? Pois esse programa de 286 aviões no horizonte de 2021 realizado pela GIE Rafale (Dassault, Thales, Snecma) pesa muito: 40,69 bilhões de euros (142 milhões por aparelho) financiados em 75% por fundos públicos.
Se a Dassault não assinar nenhum acordo, 2010 será seu décimo ano sem contratos no estrangeiro. Os últimos compradores de Mirages 2000 foram a Índia e a Grécia. Apesar de seus desempenho reconhecido, o Rafale não consegue se vender. As explicações dadas pelo fabricante para os contratos perdidos são múltiplas, mas não envolvem jamais o aparelho.



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