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terça-feira, 5 de julho de 2011

Juros vão cair 'em algum momento lá na frente', diz presidente do BC

No curto prazo, porém, Tombini afirma que ainda há 'pressão de demanda'.
'Não fazemos política monetária por analogia internacional', afirma ele.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira (5), durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, que a taxa básica de juros da economia brasileira, atualmente em 12,25% ao ano, o maior patamar desde o início de 2009, começará a recuar em "algum momento no futuro".

 O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

"Lá na frente, não vai ter motivo para ter uma taxa tão diferente de outros países (...) O Brasil tem evoluído ao longo do tempo. Já convergimos em várias áreas da macroeconomia e vamos convergir também nessa no futuro. Em algum momento lá na frente, será possível iniciar esse processo [de redução dos juros]", disse Tombini.
A expectativa dos economistas do mercado financeiro, porém, é de que a taxa comece a recuar somente em 2013. A estimativa dos analistas é de um novo aumento nos juros em julho deste ano, para 12,50% ao ano, sua manutenção neste patamar até o fim de 2012 e redução somente no decorrer do ano seguinte, para 11% ao ano no fechamento de 2013.
O BC calibra sua política para a taxa básica de juros, que já subiu em quatro oportunidades neste ano, para atingir metas de inflação pré-determinadas. Para 2011, 2012 e 2013, a meta central é de 4,5%, com base no IPCA, mas pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida - por conta do intervalo de tolerância existente.
De acordo com o presidente do Banco Central, é preciso assegurar, no curto prazo, a convergência da inflação para a meta central. O objetivo do BC é que a convergência aconteça, em um ano fechado, somente em 2012. Para este ano, sua previsão é de um IPCA de 5,8% e, para 2012, de 4,8% - valor mais próximo à meta central.
"Fizemos um avanço em relação ao passado. As taxas hoje, mesmo em ciclo de aumento, há uma tendência de redução dos juros reais [após o abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses] ao longo do tempo. Outros países têm outras situações. Não fazemos política monetária [definição dos juros] por analogia internacional", declarou. Atualmente, os juros reais brasileiros são os mais elevados do planeta. Segundo Tombini, ainda há "pressão de demanda" por produtos e serviços.

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