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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Obina vira Bibi, dá uma de roupeiro e sofre com o idioma chinês

Atacante passa cerca de 6h por dia jogando videogame, já que concentra para os jogos em casa. Seu maior vício é comer farinha importada do Brasil.





Camisa 10 do Shandong, Obina mal chegou à China e já recebeu um apelido dos companheiros de time. De melhor que o Eto'o no Flamengo passou a atender por Bibi. Desde fevereiro em Jinan, cidade que fica a 420 quilômetros da capital Pequim, o atacante se diverte com as esquisitices da cultura local. Tem de barata no espeto aos sabores mais exóticos. Tudo muito diferente da comida baiana (assista ao vídeo ao lado da matéria que foi ao ar no Globo Esporte).

- Encontramos alguém que traz nossa farinha. Agora estou tranquilo na China - disse.
Além da farinha, ele trouxe a esposa Luciane e a filha Sayonara do Brasil. A menina é a poliglota da casa, enquanto o centroavante só sabe mesmo é pronunciar alguns impropérios nos gramados.
- Alguma coisa eu aprendi dentro de campo: palavrões. Sabe como é jogador, aprendi muito rápido para xingar dentro de campo - afirmou, aos risos.


Obina cobrando pênalti pelo Shandong Luneng (Foto: Divulgação)
Obina cobra pênalti pelo Shandong (Foto: Divulgação)

Sair de casa é um desafio tão grande para o baiano que ele prefere nem arriscar. Nas folgas, Obina fica cerca de 6h jogando videogame. A concentração é bem perto do clube, quer dizer, na casa do jogador mesmo. Por isso, ele não precisa de carro para ir treinar. Basta caminhar por cinco minutos. A parte ruim é que o clube não dispõe de roupeiro. Com isso, ele mesmo é que tem que lavar as roupas.

Mais longo é o caminho para ser titular do Shandong. Obina disputa vaga com o ídolo do time, o atacante Han Peng. Pior que isso, só a dificuldade para entender os conselhos do técnico croata Magic Raiko.
- Tinha que passar para o tradutor que é chinês, que falava inglês, que passava para o espanhol, que vinha para mim meio espanhol, meio português - resumiu Obina.

Por outro lado, o atacante continua com a mesma facilidade para balançar a rede. Mesmo começando no banco, ele já marcou cinco gols e é o vice-artilheiro do time. Fez até um golaço de bicicleta que encantou os torcedores chineses. Mas o jogador garante que um tento por lá é bem diferente do que quando acontece no Brasil.

- Aqui não tem aquela animação do futebol brasileiro, calor humano do torcedor - comparou.
Obina ainda tem dois anos e meio de contrato com o Shandong. Depois de cativar torcedores de Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG, o centroavante quer conquistar a China.
- Não pensava um dia estar na China, ainda mais jogando futebol. Aceitei o desafio. Estou aí, na luta, na batalha - finalizou.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/programas/globo-esporte/noticia/2011/08/obina-vira-bibi-da-uma-de-roupeiro-e-sofre-com-o-idioma-chines.html

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